quinta-feira, 10 de julho de 2014

Minha fé

Tenho aprendido que a fé é algo íntimo demais para ser imposta ou cobrada. Tenho aprendido a valorizar minha fé, a honrá-la, a não banalizá-la. Por isso, não grito mais aos quatro cantos que tenho uma fé e que as pessoas devem ter também, e a mesma que eu! Não grito mais isso. Mas ainda sussurro. Minha fé evangélica ainda é algo especial demais, tocante demais, emocionante demais e confortante demais... não a abandonaria... ela se fez eficaz nos momentos críticos em que precisei acioná-la e por isso, ainda sussurro que ela vale a pena.
Se Deus me amou primeiro, como prega minha doutrina, é nele que ponho minha fé, é ele que busco através dela.
Não sei se mudou muita coisa, mas meu amor mudou, apesar de ter se tornado menos "operacional" e mais silencioso, acho que está mais presente, mais pensado, mais analisado... não sei se isso é bom ou ruim, mas pra mim, quanto mais complexo e profundo, mais simples tem ficado.
Hoje que dar louvor a quem julgo ser o autor da minha fé, apesar de todas as contradições que ela parece apresentar...rs.

Eu continuo a te buscar, Senhor. Mais em mim e nos outros do que no céu e no invisível. Eu continuo... porque não sei pra onde ir, a não ser para ti.

http://youtu.be/X7rqObfGneE

terça-feira, 6 de maio de 2014

Novas leituras

Estou lendo um livro religioso. Há algum tempo que não tinha essa coragem. Foi indicado por um amigo que considero. Resolvi arriscar... Até agora - li algumas páginas inciais apenas, sequer saí do primeiro capítulo - tem sido gratificante.
Tem tocado questões psicológicas íntimas, às quais não são fáceis de serem ditas, explicadas ou comentadas, ainda mais quando se passa por um momento de crise, não sei se na fé ou em relação a religião; onde sentimos um vazio causado pela falta de solidez nas respostas prontas já tidas, nas estruturas que julgávamos perfeitas, mesmo sabendo que nada é assim, tão perfeito. Causado pela dor... ou a dor que gera o vazio... não sei... acho que não... se há dor, não há vazio, está preenchido pela dor...rs. Acho que primeiro vem a dor, depois o vazio, depois outras coisas vão surgindo, coisas mais bonitas do que os blocos prontos e "sólidos" e mais gostosas do que a dor... imagino que venham flores... coloridas e cheirosas... rs.
Encerrando a viagem... O livro: Crescer: os três movimentos da vida espiritual, de Henri Nouwen.

Três movimentos nos quais resume-se a vida e crescimento cristão. Muito bem expostos na introdução, imagino que no decorrer do livro seja melhor ainda.

Pelo que estou lendo no capítulo primeiro, é muito bem explicado, bem articulado, de uma forma que dá pra entender. Uma leitura boa e prazerosa, pelo menos pra mim, que amo assuntos ligados a espiritualidade cristã, e odeio ao mesmo tempo... rs.

Toca de forma especial quando leio a bíblia e entendo - não sei se entendo, mas entendo de algum jeito...rs  - quem escreveu, seus sentimentos, angústias, tristezas ou alegrias, suas frustrações, seus desejos bons ou ruins... é bom retornar à leitura bíblica, elevada, sem buscar tantas respostas ou sem tantos porquês, apenas encontrar nela conforto e identificação... algo divino.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Um dia confuso

Um dia confuso certamente é um dia de oração. Uma oração meio sem pé nem cabeça, onde se falam vários assuntos misturados, que incomodam o coração, que latejam a cabeça. Um dia confuso é um dia de oração e de oração confusa...

quarta-feira, 27 de março de 2013

Tem coisas que não mudam (muito).

Não acho que lugar de mulher seja exclusivamente o cuidado da casa, filhos e marido, ela pode e deve fazer

o que quiser e puder, desde que, como todo ser humano, respeite os limites do próximo.
Mas nós, mulheres, somos terríveis. Adquirimos várias e várias atribuições e não abrimos mão de nenhuma! Ou porque não queremos ou porque não podemos.
Posso deixar a casa nas mãos de minha auxiliar para serviços domésticos, mas não consigo, afinal, nem tudo  fica do jeitinho que quero. Posso deixar meu marido fazer a comida, mas volta e meia me meto a dar pitacos no preparo, mas confesso que a louça é todinha dele! e se ele seca e guarda a louça, eu não fico muito satisfeita, porque nem todos os utensílios estão guardados no lugar correto. Posso deixar as crianças arrumarem seus quartos, gavetas e brinquedos, mas certamente, em algum dia da semana, meterei o bedelho para "corrigir" a arrumação.
Contudo, existe uma coisa que não dá para delegar e só meter o bedelho de vez em quando, não dá para deixar passar por menores que sejam os detalhes... a criação dos filhos/as. Não tenho palavras para agradecer a Deus a oportunidade que tenho de poder estar perto deles.
Nem sempre pude e agora valorizo muitíssimo esse momento de dedicação.
Na realidade, trabalho muito mais agora, me aborreço muito mais, sinto um baita cansaço físico e mental, mas nenhum momento longe deles me traz mais alegria do que perto, mesmo com todos esses "acompanhamentos".
Quando estão comigo, sei o que tenho que fazer, sei os horários, a disciplina, não tenho tempo de cansar, de dormir, chorar, sofrer ou sentir dor. Não tenho tempo para nada a não ser para eles. Comida, banho, conversas, sermões, chamadas de atenção, carinhos, beijinhos, cosquinhas (cócegas..rs), trabalhos de casa, atenção aos horários, ao tempo, às roupas... Eita! É muita coisa! Que desgaste... que prazer!
Quando estou só, se eu estiver bem, a luta em prol deles continua, preparando a casa para recebê-los de volta. Se eu estiver mal de forma que não consiga cuidar das demais coisas, não sei o que fazer. Aí vem dores, pensamentos chatos, carências, conversas loucas com textos sendo lidos ou com a TV, ou com um filme... ou um sono maldito que arreia ao invés de levantar, que suga ao invés de repor as energias...
Quando eles chegam e começam suas bagunças e eu começo a falar, por mais exaustivo que pareça, me alegra. São minha alegria, alegria esta que um dia partirá dos meus braços e controle para ser a alegria de outra, que espero em Deus, se alegre e muito! E alegre os meus.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

"Recordar é viver" e reviver

Li um texto de um ex-aluno do Seminário do Sul falando sobre o tempo em que esteve lá. Meu sentimento é o mesmo que o dele. Saudades, boas lembranças e paixão por aquele lugar.
Quando me converti à fé batista, me apaixonei pela denominação e por tudo que ela tem, inclusive o seminário. Lembro da primeira vez que estive lá, lugar lindo, agradável, cheirando a história - boas e más. Entrei na biblioteca... que sublime!
Visitava o site do seminário constantemente sonhando com o momento em que poderia fazer minha matrícula online. Lia os artigos, conhecia alguns professores via web e só me apaixonava mais.
Enfim, muito tempo depois, consegui matricular-me no curso de Teologia. Trabalhando fora, casada e mãe de dois filhos pequenos, não poderia estudar todas as noites e me manter longe de casa tanto tempo. Matriculei-me somente em algumas matérias e ia ao seminário somente duas vezes por semana.
Saía do trabalho no Centro e não encarava muito tempo de viagem, só demorava um pouco devido aos engarrafamentos, mas curtia o caminho, lia enquanto estava no ônibus. Ao descer no ponto, ainda andava um bom pedaço pra chegar na subida que dava acesso ao seminário e subia. Curtia até essa subida... ainda mais quando passava pelo bambuzal... mais ainda quando os bambus estavam sendo balançados pelo vento e eu ouvia aquele ranger dos bambus... era muito gostoso... Minutos importantes, todos esses que me levavam até àquela Casa.
Chegava um pouco antes da aula iniciar, entrava naquela biblioteca maravilhosa e revia alguma matéria.
Entrava em sala de aula e um novo mundo se abria, tudo novo, nem sempre belo, mas sempre encantador.
Admirava tudo ali e de forma especial os professores, pelo menos a maioria dos que conheci.
Foi difícil pra mim, pois quando cheguei ao seminário achei que ali fosse a extensão da igreja, que iria encontrar uma nova família, sorrisos, abraços, ombros e amizades. Não foi assim. Vi que era uma escola normal, com pessoas normais, legais, metidas, chatas, encrenqueiras, simpáticas, honestas, desonestas, etc. Tinha gente de todo tipo. Era só mais uma instituição de ensino com todos os seus encantos e alguns diferenciais.
Vi e ouvi muita coisa boa, presenciei momentos fantástico dirigidos pela coordenação e direção do seminário e momentos tristes em que ficou claro o poder institucional sobre o "espiritual", o poder doutrinal sobre o educacional. Realmente triste.
Não fiz grandes amizades, não conversei tanto nem me envolvi com as pessoas o tanto que gostaria. Contudo, tenho lembranças ótimas e uma tremenda vontade de voltar a estudar lá e concluir meu curso, que infelizmente, não consegui terminar. Minha turma, se não me engano, se forma no fim desse ano. Desejo sucesso a todos, assim como eu gostaria de ter, caso pudesse participar dessa formatura como formanda.
Hoje, ficam as lembranças, as lágrimas, uma certa nostalgia e a esperança de voltar.

Pai, sabes ler no meu íntimo o que não foi escrito aqui. Sabes dos detalhes da minha jornada mais até do que eu, da ordem das coisas e dos reais motivos que me afastaram desse sonho. Espero ainda poder aprender de verdade e ter um discurso melhor, mais pessoal, menos repetitivo. 
Teorias são importantes, mas independente disso, quero continuar a praticar o que tenho aprendido de Ti. Seja comigo, Senhor. Obrigada.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pensando sobre mim...e minha mãe

Um dia senti vontade de "conhecer" Jesus, o Salvador. Mesmo na adolescência, cercada de amigos, vez em quando sentia-me só. Apesar de gostar da solidão, da quietude do meu canto, não era isso, não era o estar só e sim algo maior, dentro de mim.
Tive uma infância boa. Me diverti e fui amada. Senti o amor de minha família, avós, tios/as, primos/as, especialmente de minha mãe. Lembro que apesar dela trabalhar, me levava sempre a um programa especial, mesmo que não fosse direcionado a mim.
Certa vez, quando tinha mais ou menos dez anos fomos ao show da Ângela Ro Ro. Eu fui com o uniforme do IERJ - Inst. Ed. do RJ, pois fomos da escola direto para o Centro, onde paramos um pouco - ela era/é Brizolista, fiel militante de esquerda, Cinelândia era seu "point", tinha sempre com quem e o que conversar ali, minha impressão era que todos conheciam a "Soninha". Depois fomos, se não me engano, no Teatro Rival assistir ao show da cantora.
Durante a infância amava sair com minha mãe, parecia que ela não tinha limites, não tinha "tempo ruim", não a via deprimida, sempre em plena atividade, conversando, "brigando" - era brigona! não deixava nada barato -, discutindo assuntos saudáveis, construtivos.
Apesar de meus irmãos e eu assistirmos o "Show da Xuxa", não era nosso melhor programa, nunca fomos fã da "rainha dos baixinhos", pois minha mãe nos ensinou a não admirá-la e mais tarde entendi o porquê. TV lá em casa ficava no "Jornal" quando ela estava em casa e eu lembro que odiava isso!
Ela fazia questão de nos mostrar e nos fazer participar, a mim e a meus irmãos, de um mundo que não precisaríamos, nos fazia conviver com pessoas de níveis sociais diferentes do nosso, pois para ela não havia diferença entre as pessoas e deveríamos ajudar sem esperar retorno. Minha mãe nunca pronunciou esta frase, mas vivia esta prática, era isso que gritava nas suas ações. Tinha carinho por todos e era também muito querida e admirada, mas a não ser minha avó, não vi ninguém sacrificando-se por ela como a vi sacrificar-se pelos outros. Não culpo essas pessoas, não tiveram uma "mamãe Soninha"! rsrs.
Na adolescência, percebi momentos tristes em minha mãe, cansaço e estresse do trabalho e comecei a entender que o capitalismo era péssimo para ela e para o povo. Eu não sabia o que era capitalismo, mas ela já havia reclamado sobre ele algumas vezes. Colocaram mais uma função para seu cargo de caixa: a venda e tinha que vender. O motivo de suas dores de cabeça poderia não ser só esse, mas lembro que minha mãe não tinha o menor talento para venda, para convencer as pessoas a fazerem negócios para beneficiar bancos e isso a feria.
Quando perguntava porque ela não era gerente, dizia que não queria "pisar" nos outros, preferia continuar onde estava e conviver com as limitações do cargo e do salário. Eu e meus irmãos não precisávamos de mais nada, tínhamos o suficiente.
Não sabíamos o que era "roupa de marca", tínhamos ótimas roupas das lojas de magazine, tipo C&A e na época, Mesbla. Tive também o privilégio de vestir lindas roupas costuradas pelas mãos da mamãe! Lindas saias, blusas, vestidos... lindos.
Aos 12 anos tive minha primeira calça jeans, mas, sinceramente, um jeans não havia me feito falta até aquele momento e certamente não faria.
Aos 13 anos, funkeira e realmente amante do funk, sonhava em ir para bailes "brabos", ouvir som no volume máximo e ir a bailes perto de casa não eram o suficiente. Coleginho, Cassino Bangu, Chaparral e outos e eram meu alvo!
Certa vez, sairia um ônibus "fretado"do meu bairro, de pertinho da minha casa, cheio de funkeiros/as para levá-los a um desses bailes. Meu bairro era quase extensão da minha casa, todos se conheciam e eu passava quase o dia inteiro na rua ou em casa de amigas e por isso poderia mentir para ela - ir para o baile que era num ótimo horário, 15hs às 19hs e dizer que estava na casa de alguém.
Pensei bem, pensei mais de uma vez. Me vi quase em lágrimas quando pensei que poderia acontecer algo comigo, um acidente, uma bala perdida, um soco violento em alguma briga. E minha mãe? E se não desse tempo d'eu me desculpar com ela? E se eu morrer mentindo pra ela?
Alguns podem dizer que é preciso arriscar, mas não com minha mãe, não arriscar condená-la à tristeza e a mim à ingratidão. Não fui e nunca mais pensei em ir, sabia que ela não deixaria mesmo e parei de sonhar com isso...rs.
Ela sempre quis que eu tivesse sonhos mais interessantes, tipo tirar melhores notas na escola. Dizia que eu era capaz, mas desinteressada.
Aos 16 anos já me dizia para estudar para concurso. Concurso? Eu não entendia. Não me interessava estabilidade no emprego nem bom salário. Ela já havia passado em pelo menos dois concurso durante sua vida e sabia o que estava dizendo.
Deixou-me escolher o esporte que gostaria de praticar, as músicas que iria gostar, o curso que iria fazer. Não terminei o Inglês nem o Espanhol, Informática sim! E o curso técnico em Turismo também. Gostei de Turismo, mas não o suficiente para terminar a faculdade que foi abandonada quase no fim por motivo de "força maior". Neste  momento, eu já não estava mais em casa dela e sim na minha, casada. Ela deixou-me casar aos 18 anos. Claro que sim, eu já tinha alcançado a maior idade. Não lembro de grandes brigas por causa do casamento "precoce", apenas algumas ressalvas.
Minha mãe nos criou, a mim e meus irmãos para sermos autônomos, responsáveis e bons.
Hoje, apenas hoje sei que o que aprendi com ela foi extremamente cristão. Amor, autonomia, igualdade, empatia, doação e a não espera de retorno das "boas ações", a sede de justiça, ódio da injustiça.
E quando enfim, conheci Jesus, infelizmente, conheci também a maldade, mentira, manipulação, falsidade, rancor, interesse, a quase completa falta de amor, o descompromisso.
Foi na igreja, no aglomerado cristão que tomei ciência de que essas coisas ruins existiam, não porque me diziam, mas porque eu via. Não numa comunidade cristã específica, mas no meio em geral dos que se diziam/dizem cristãos.
Creio que o que faltava em mim era conhecimento, hoje conheço um pouco mais... da maldade. Da bondade também, naqueles que como minha mãe, seguem pelo menos parte dos conselhos de Jesus.
Apesar de hoje ter minhas convicções pessoais, foi em casa que conheci Jesus, nas atitudes e vida de minha mãe.
Hoje como mãe, espero poder transmitir para os meus filhos tudo de bom que há em mim, mesmo que reclamem, mesmo que não gostem. Talvez aos 30, como eu, eles agradeçam.

Obrigada, mamãe Soninha!! (não se ensoberbeça... vc tem defeitos, tá!!! rsrs. e não brigue muito, hoje as pessoas são mais malvadas e orgulhosas do que antes.)

Obs.: não quero dizer que Jesus representa algo ruim e sim que os que proclamam Jesus não vivem Jesus. Generalizei, claro. Todos temos limitações, mas se cremos que Deus não coloca fardo maior do que possamos carregar, devemos rever nossas justificativas quando cedemos ao mal.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A aproximação do elogio

Gosto de elogiar as pessoas, gosto de ver algo de positivo nelas, sejam roupas, acessórios, maquiagem, estilo do cabelo, atitudes, olhares, palavras, pensamentos expressos... tudo é motivo para elogios ou pelo menos uma palavra positiva. 
O ser humano é fantástico, maravilhoso, misterioso, criativo... uma eternidade de características que não cabem em si e geralmente, no cotidiano, enxergamos muito mais as maldades e coisas negativas do que as positivas, mas todos tem algo de bom em si.
Pode ser que eu aja dessa forma para receber o mesmo em troca, pode ser. Mas sem dúvida ajo assim porque gostaria de ser tratada assim. Gosto de agir com os outros da mesma forma como gostaria que agissem comigo, independente do retorno. Não necessariamente só elogiando - isso não significa nada, qualquer pessoa "falsa" faz isso brincando, com a maior naturalidade - mas procurando ser gentil, estando disposta a ajudar, envolver-me, etc. 
Pensando bem, se fizesse isso somente para receber em troca, já teria desistido... Sou muitíssimo exigente e as ações dos outros, na maioria das vezes, não são suficientes para mim. Então, já que não tenho um retorno  à altura de minhas "doações", poderia não doar mais! Soberba? Acho que não, verdade nua e crua, sem rodeios.
E vou arriscar generalizar. A maioria de nós não pensa no outro e sim no desgaste que é tratá-lo bem, aproximá-lo, conviver com ele e junto com ele seus numerosos problemas que estando próximos de nós, participaríamos de alguma forma, mesmo que só acompanhando.
É uma tarefa árdua olhar pro outro e ver algo de bom quando nossa mente é naturalmente egoísta e individualista, um exemplo sou eu mesma, quando falo, neste texto, sobre algo que considero qualidade, falo de mim, de minhas atitudes "boas" e quando falo do que não é bom, generalizo, não falo só de mim e sim de "todos".
Comprova-se aqui que eu sou mais uma egoísta e individualista que luta contra o "natural" distanciamento do próximo. Só mais uma. Não querendo ser só mais uma, mas fazer nem que seja um pouco, de diferença no meio da natural maldade, buscando a natural bondade, que existe, porque é ela que me motiva a olhar pro outro e realmente me sentir feliz e tentar fazê-lo feliz também, mesmo que por um instante, mesmo que com um simples elogio.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Primeiro: amar e cuidar de mim

Ao entrar na vida cristã, faço isso por mim, não por alguém. São carências minhas que não foram supridas, são ilusões minhas que querem tomar corpo, são desilusões minhas que precisam ser esquecidas, é um amor meu que não foi correspondido à altura da minha necessidade. Ser cristão é sim, amar a mim! 
Quando olhei verdadeiramente para Cristo e reconheci seu amor, fiquei sem palavras, sem explicação, sem nada... Só olhei pra Ele, contemplei e adorei! Ele me amou primeiro e com Ele aprendi e aprendo a cada dia o que é amar, sem as definições programadas, esquematizadas, bem elaboradas desse verbo, mas na vida, na prática, na atividade dele. Eu não sei definir o que é amar, mas sinto esse amor constrangedor. O que sei é que o amor começa em Deus e pode encher-me ou não. Deus é amor, sim é, pra mim.

Hoje, a grande maioria dos eventos evangélicos com discurso "evangelístico" tem me incomodado. Não era pra incomodar, talvez, afinal, cada um dará conta de si, mas acabamos prejudicando a "conta" do outro. Incomodo-me com crentes mal resolvidos que se colocam como ponte para fazer outros felizes. Incomodo-me com a farsa, com o discurso, com a mentira. Crentes que não aprenderam a olhar nem para si próprios, pois ainda não conseguiram vislumbrar Jesus, quanto menos o outro... E vão evangelizar... mas para falar de que? para falar de quem? Pra mostrar que face? Claro que se olharmos somente para nossas limitações, não vamos a lugar algum, não faremos nada, não nos sentiremos capazes, mas devemos olhar para "nossa" capacidade com ressalvas, muitas ressalvas, caso queiramos levar alguém a alguma coisa ou pessoa. 
Devemos olhar para nós como amados, primeiro, para amar e servir aos outros e não pensar que podemos "levar" alguém para algum lugar. Devemos servi-los e o Caminho em que estamos os levará. Simples assim e difícil assim. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Viagem nas nuvens

Amo nuvens. Imagino que sejam gostosas para mastigar e que deve ser maravilhoso mergulhar na sua "fofura" e caminhar na sua maciez... Loucura? Pode ser. Ir para o céu é loucura. Morar com Jesus é loucura.   A salvação em Cristo é loucura. Por que, crendo em todas essas loucuras, não posso também crer que um dia terei tanta harmonia com as nuvens a ponto de equilibrar-me sobre elas? Por mais que isso só faça parte da minha imaginação, é confortante pensar nas nuvens, talvez porque eu goste de "viajar" nas nuvens. Elas são mesmo parte do meu consolo. 
E o que são as nuvens? Partículas de águas suspensas na atmosfera... pensando bem, que consistência tem as nuvens? Penso na consistência, por isso gosto das nuvens mais densas, pesadas, com formatos quase que sólidos. Um irreal travestido de real, mas sendo real, afinal, são mesmo nuvens! E tem mesmo consistência! Talvez não a consistência que eu conheço, mas tem a sua, a que é necessário ter.
Hum... Já voei alto demais...

terça-feira, 21 de agosto de 2012


Então queres ser um escritor?

se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração, da tua cabeça, da tua boca
das tuas entranhas,
não o faças.
se tens que estar horas sentado
a olhar para um ecrã de computador
ou curvado sobre a tua
máquina de escrever
procurando as palavras,
não o faças.
se o fazes por dinheiro ou
fama,
não o faças.
se o fazes para teres
mulheres na tua cama,
não o faças.
se tens que te sentar e
reescrever uma e outra vez,
não o faças.
se dá trabalho só pensar em fazê-lo,
não o faças.
se tentas escrever como outros escreveram,
não o faças.

se tens que esperar para que saia de ti
a gritar,
então espera pacientemente.
se nunca sair de ti a gritar,
faz outra coisa.

se tens que o ler primeiro à tua mulher
ou namorada ou namorado
ou pais ou a quem quer que seja,
não estás preparado.

não sejas como muitos escritores,
não sejas como milhares de
pessoas que se consideram escritores,
não sejas chato nem aborrecido e
pedante, não te consumas com auto-
-devoção.
as bibliotecas de todo o mundo têm
bocejado até
adormecer
com os da tua espécie.
não sejas mais um.
não o faças.
a menos que saia da
tua alma como um míssil,
a menos que o estar parado
te leve à loucura ou
ao suicídio ou homicídio,
não o faças.
a menos que o sol dentro de ti
te queime as tripas,
não o faças.

quando chegar mesmo a altura,
e se foste escolhido,
vai acontecer
por si só e continuará a acontecer
até que tu morras ou morra em ti.



não há outra alternativa.


e nunca houve.

Charles Bukowski

segunda-feira, 26 de março de 2012

É na igreja que se encontram os piores ateus

Não acredito que existam ateus, literalmente ateus, fora da igreja. Creio que alguém que se diz ateu, na verdade quer dar uma resposta curta e "grossa" às bobagens que se vê por aí feitas em nome de Deus. Para mim, os que se dizem ateus são agnósticos, não sabem, por isso, não afirmam e estão corretos, procuram ser sensatos. Não creem, por isso, não afirmam, são frios. Mas antes frio do que morno, diz a Palavra que creio, ser de Deus.
Posso estar errada quanto aos ateus, mas o pouco que já ouvi e li acerca do ateísmo me causou esta impressão.
Então penso: se ateu é quem não crê na existência de Deus, na igreja temos sim, ateus!
Igreja, aprendemos que é o povo de Deus e/ou o templo onde se reúne este povo, sendo dividido em comunidades espalhadas pelo mundo, no caso da igreja cristã. Esta definição é simples demais, mas vou ficar com ela mesmo. Igreja está diretamente relacionada a Deus ou divindades, mas é a cristã que me interessa, vou referir-me sempre a esta quando falar em igreja.
Nessas igrejas as pessoas devem crer em Deus, no seu amor e justiça, na sua palavra e orientação. Infelizmente,  há quem pregue o amor, a justiça, dão orientações baseados na palavra de Deus, exigem dos seus ouvintes/seguidores/discípulos o cumprimento da orientação, mas não são capazes de fazer o que "mandam", não são capazes de crer no que dizem!
Romanos dois. Por este motivo sim, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios! Por este motivo o nome de Deus não é respeitado pelos de fora... se os de dentro não são capazes de demonstrar respeito.
Não, não são os "hereges" com suas ideias "loucas" que blasfemam, não são os "depressivos" com sua "falta de fé", não são os ignorantes com sua falta de informação, são os super-crentes, os grandes pastores, apóstolos, "fiéis" discípulos de "deus", sei lá de que deus! Não pode ser o Deus da bíblia, não pode ser o Deus de amor, não pode ser o Deus de justiça, pregado, inclusive, por estes, pois se cressem na justiça de Deus, não mentiriam tão vergonhosamente, se cressem no amor de Deus, não maltratariam tanto, se cressem em Deus não seriam capazes de disseminar tanta ruindade e mentira por este mundo afora.
Ateus, ateus, sim, pois não creem, não creem em nada, não creem em absolutamente nada a não ser em si mesmos, tem a eles próprios como deuses. Querem ser importantes, adorados. Gostam de manipular, de estar no controle . Egoístas. Raça de víboras.
Quanto sofrimento causam, quantas pessoas afastam da tentativa do conhecimento de Deus. Quantos matam emocional/psicologicamente, quantos afundam em desilusão e tristeza.
De pensar que eu posso ser isso...

Não, Pai, não me deixe ser assim. Sei que não estou livre disso, estou sujeita como todos os humanos a cair e cair feio, mas não quero. Não quero envolver-me num lamaçal nojento de engano, de hipocrisia. Não quero que minha mente e coração sejam cauterizados. Não quero, Senhor!!! Baseei minha vidas em Ti e no que aprendi a teu respeito, quis viver para ti e somente para ti, quis servir a este mundo, às pessoas, assim como entendi que nos serviu na pessoa de Cristo, mesmo sem precisar, mesmo sem merecermos. Não quero enganar as pessoas, não quero enganar a mim. Livra-me do mal, peço-te, em nome daquele me salvou, Jesus, o Cristo. Amém.
 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Encontrando-me, ainda...


Autopsicografia                     
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa

terça-feira, 13 de março de 2012

Confesso, não sei escrever


Esses dias, lendo um post de um querido professor, me identifiquei com alguma coisa, falou profundamente... Outro dia também li uma frase num blog que acompanho, a que está destacada como "citação" que foi bem fundo... Sendo que esse pessoal sabe escrever, tem o que dizer, atraem, prendem. Eu realmente não sei escrever, não sei mesmo, tenho esperança de aprender e saber um dia, mas hoje sou realista, não sei. Mas tem alguma coisa que me impulsiona a escrever, a tentar, sai trôpego. Poesia, textos em geral, sei lá qual o gênero ou tipo, vou escrevendo. Minha cabeça não para, eu não consigo escrever tudo, não consigo expressar tudo o que está na cachola, ainda são coisas desconexas, assuntos diversos, coisas interessantes (na verdade, seria se eu soubesse articular...rs), coisas engraçadas, coisas fúteis, coisas que tenho receio de dizer (na minha confusão, é quase certo d'eu me arrepender...), enfim, coisas, muitas coisas. Mesmo assim, ainda não sei o que dizer/escrever, talvez porque eu precise ler mais, muito mais, mas ainda assim "preciso" escrever e "interagir", é como se eu falasse pra todo mundo ouvir, os de agora e os de depois de mim... Essa parte é estranha, talvez desnecessária, não entendo bem o porquê disso, até imagino, mas ainda longe.
É, parece que eu tenho que aprender a ler, pensar, depois, acho que vai ser menos difícil escrever. Processo longo esse, hein?!

domingo, 11 de março de 2012

Gentileza e esperança, havemos de ter!

Acorda Brasil! "Como será o futuro do nosso país? Brasil olha pra cima, há uma esperança, volta teus olhos pra Deus, Brasil!"
Lendo o profeta Gentileza, lembrei de alguns trechos de canções do João Alexandre e penso mesmo em como caminheremos, o que será de nós, humanos...?!, em especial, brasileiros.
A tecnologia a cada dia está mais desenvolvida, as pessoas com mais acesso a informção, as crianças mais espertas, etc. Aparentemente, deveríamos estar caminhando para melhor, mas a tecnologia é muito bem usada para o mal e nem tanto para o bem, acesso temos à informação, mas não buscamos, por isso não somos informados e nossas crianças super espertas crescem com suas mentes deturpadas focando o "ter". Claro que estou generalizando, mas estes procederes são os mais comuns.
Queria muito que esse mundo pudesse conhecer Cristo e vivê-lo, mas há tanta indiferença em nós que nos dizemos dele, que não é muito atrativo nele crer e muito menos segui-lo.  
Não, não sei o que fazer a não ser a minha parte... mas qual será ela? Viver e viver bem, acho.
Também não sei viver sem que seja em prol do outro (claro que se eu quiser, eu saberei bem rapidinho, sou egoísta, mas tento ser menos, a cada dia tento). Não vejo Deus senão na predisposição em servir, em cuidar.
Melhor que os militares e sistemas políticos, nós cristãos, serviríamos ao Brasil com amor, paz, justiça, abnegação e outras características "tipicamente" cristãs das quais, gentileza é uma, trazendo mais esperança para o nosso país. Ainda me perco em tanta maldade, mas "ainda não é o fim..."

domingo, 4 de março de 2012

Por que não viver de romance?

Parece meio irreal, talvez seja realmente, viver de romance, viver de amor... Por que não dá? Amor implica decisão, atitude, compromisso, empatia, respeito, cautela, esperança, etc. Por que não dá pra viver assim? Por que temos que viver a falta de amor, a mentira, o "jeitinho", a dúvida, o medo, a incerteza?

Ah, humanos... Só Jesus para nos amar assim!!

quinta-feira, 1 de março de 2012

GG's roubando a cena!

Gustavo odeia tomar banho, palavras dele mesmo, e pede a Jesus que o livre do banho. Depois de muito pedir para que ele vá tomar banho sem sucesso, tenho que "engrossar", aí ele vê que não tem mais jeito e vai chorando desesperado para o banho. Chegando no banheiro ele vai se preparando para entrar no box e pedindo a Jesus em lágrimas que não deixe ele tomar banho, não sendo atendido, ele começa a questionar o cuidado de Deus e o controle dEle sobre as situações. Não discuto. Como uma criança vai entender que Deus tem poder para fazer o que quiser, que temos que orar para levar a Ele nossas petições e quando o fazemos, não somos atendidos? É claro que para o bem dele mesmo, neste calor agoniante, "deus" não vai lirvrá-lo do banho, mas para ele, o poder de Deus poderia ser manifesto ali, dando um jeito de tirá-lo do banho.
Numa dessas noites, eu avisei que iriam dormir mais cedo e Gustavo começou seu clamor desesperado pedindo a Deus que não o deixasse dormir mais cedo, até que dessa vez, o banho não foi bem aceito, mas menos dramático. Para nossa surpresa, quando estávamos já todos preparados para dormir, seu pai chegou mais cedo do que o esperado e então ele pode curtir mais algumas horas acordado. Podemos atribuir a Deus isto? Eu, certamente, atribuo, ele também, mas só até o próximo pedido não atendido, pois nesse momento ele esbraveja tudo sem lembrar dos resultados positivos adquiridos anteriormente. Este é meu Gu. Bastão de combate pronto a atacar sempre, sem medo dos riscos, só vê a "bomba" quando está em cima dela. Que Deus te use, meu filho, que te ensine a amá-lo e a crer!
Palavras do Guilherme sobre uma frase que ele escreveu na contracapa de sua bíblia - "Deus, eu te amo e amo a tua palavra. Amém": "Mãe, eu não devia ter colocado amém, porque amém é "que seja assim" e na verdadade eu JÁ amo a Deus e a palavra dele, não é uma coisa que peço para contecer, mas já acontece." Ele tem um temor, um respeito, algo intenso em relação a Deus, sua justiça e seu amor. Guilherme é de uma sensibilidade difícil em crianças de sua idade. Ama orar e já teve algumas orações respondidas e quando não são, ele não se revolta com isso, pelo menos até agora. Não gosta de colocar sua vida em risco, é prudente e disciplinado, mas não dispensa uma boa discussão, adora colocar sua posição em relação a várias situações, odeia ofensas e represálias, é da área de Humanas, certamente, é reflexivo e odeia injustiça ou pelo menos o que ele acha que é injusto. Analisa, observa, não gosta de criticar nem de ser criticado, quer passar da infância direto para a fase adulta, pois diz que o adolescente é muito chato...rs.
Enquanto Gustavo odeia estudar e disse isso com todas as letras na hora de partir o bolo em sua festinha de aniversário, Guilherme ama estudar, aprender, ele ama saber!
Ambos amam sua família, Gu não gosta de dividi-la com outros, Gui abre excessão para alguns.

Não sei como agradecer-te, Senhor, por teu grande amor por nós, dando-nos estes meninos que são nossa vida. Obrigada. Continue a nos dar sabedoria e muito amor, vida longa e saudável para cuidar das nossas crianças, adolescentes, jovens e curtir nossos adultos, nossos netos e quiçá bisnetos?!
Guarde-os das más influências, Pai, clamo ao Senhor! que não cedam à maldade, que não queiram a destruição nem a perdição. Que queiram a ti, que aprendam a amar, que encontrem verdadeiramente o Senhor na longa caminhada que ainda têm pela frente.
As crianças do vídeo são lindas, mas nunhuma se parece com meus bbs. Fica a mensagem cantada que é muito bonita.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Um refúgio para Ananias

Refúgio, todos precisam de um, seja na mente ou na realidade, buscamos o refúgio, de preferência confortável, mas há os que não são.
Ananias cresce buscando refúgio, os que ele tem agora são insuficientes: seu teto, que ele odeia, sua família, que ele ama mas não ama, as drogas, que ele gosta mas não gosta, seus sonhos, que ele não acredita que irão se realizar.
Talvez no ventre de sua mãe estivesse realmente protegido, ainda não conhecia o lugar de onde iria ter que fugir.
O tempo passou e Ananias aprendeu a fugir, fugiu de tudo que o desagrada, inclusive da sociedade e das suas responsabilidades, fugiu da cidadania e foge ainda, não encontra rumo, direção, culpa a todos menos a si. Coitado... sim, talvez não, não sei, não sei mesmo.
Ananias fugiu porque desistiu, mas ele nem chegou a tentar! Ele viu fugirem e fugiu também, mas sem saber para onde, assim como os que fugiram antes dele e que o "ajudaram" na fuga.
Agora, Ananias acha que encontrou um refúgio, mas o refúgio que ele acha que encontrou é de carne e osso como ele e é "menor" do que ele, não o acomoda totalmente, confortavelmente. Então, quando Ananias se mexe buscando acomodação, incomoda e machuca o refúgio. Ele não enxerga que não cabe nesse refúgio nem esse refúgio cabe nele, que este não seria um refúgio, somente uma barraca para protegê-lo um pouco do sol e da chuva, ainda sentiria muito calor e se molharia com os respingos e sentiria o vento forte que a barraca-refúgio não impediria.
Como este refúgio que ele acha que encontrou ainda é insuficiente, ele continua a buscar refúgio...
Espero que encontre, Ananias, um refúgio, pelo menos neste período de carnaval, até que encontre o SEU REFÚGIO, que É O SENHOR!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Enquanto isso, na Síria...

Não sei exatamente o que está acontecendo, o motivo real, mas há muitas mortes, mortes acima do normal, fome, feridas, agressões, dor, tristeza e falta de esperança. 
Segundo o que li até o momento, a população luta contra as mazelas de um presidente e ele reprime as manifestações com violência.
Acompanhando algumas notícias, não aguento e choro. Muita maldade. Penso em Deus e pergunto: por que? Já obtive esta resposta algumas vezes, mas às vezes elas parecem insuficientes, são tão curtas, tão objetivas, não são compatíveis com o meu sofrimento... Não! Eu não sofro nada perto dos que sofrem mesmo! Como estas respostas chegarão para eles se são curtas para mim? Não sei.
Maldade, maldade desenfreada... Ou não. Consola-me pensar que ainda posso estar na frente do computador escrevendo, lendo, posso dormir, ter os meus perto de mim e muitas outras coisas boas e maravilhosas posso curtir. Então não é tão desenfreada assim. A minha realidade me consola, mas e os que tem sua realidade  não tendo nada, não sendo nada a não ser pedaços de carne e ossos vagando pelo planeta?
Decidi não ter mais respostas e sim dar espaço às perguntas, mas o pior é que quanto mais perguntas, menos respostas há. Será que ficarei muda?!
Preciso de consolo, preciso de conforto, preciso de algo que é maior do que eu, por isso preciso tanto de ti, meu Pai, tanto... e clamo ao Senhor pela Síria, parece que eles precisam mais do que eu, só parece. Não sei o que pedir, são tantas coisas. Que o teu Espírito traduza essas tantas coisas.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

'Ora'terapia - a oração como terapia

Ah, a oração... A oração em Cristo me faz suspirar, é tão bom orar, tão bom sentir que Ele te ouve e além de te ouvir, entende e além de entender, pode te tocar no mais profundo, mudar a sua visão ou a situação. 
Em alguns momentos de oração, não quero sair de lá, não quero que acabe, é um enlevo, um consolo, um aconchego, parece mesmo que estou mais pertinho do Senhor e até nas orações de "batalha" em que a carne chega a tremer e as lágrimas escorrem intensamente, pareço estar em um lugar seguro, apesar de sentir um pouco de medo, sinto segurança.
Confesso que estou com saudades dos momentos de oração, daquele que é para entrar no quarto e fechar a porta e não ter hora para sair de lá, não ver o tempo passar. A correria e atividades do dia-a-dia me consomem, enquanto eu gostaria de que a oração me consumisse, consumisse o meu tempo, minhas idéias, minhas palavras, minha leitura - ler a bíblia em oração, que maravilha! 
Terapia? Sim, terapia, tratamento de distúrbios psíquicos! Algo te perturba, ore ao Senhor; alguém te preocupa, ore; não pode resolver, ore; não consegue alcançar, ore; está em dúvida, ore; precisa extravasar, ore; não cabe em si de felicidade, ore também! Ore para tudo, para tudo ore! Distrai, tira o peso, dá fôlego, dá esperança.
Ouvi dizer que "a religião nos coloca acima das nossas misérias" (frase de um pensador) e é assim que me sinto ao orar, a oração nos coloca acima das nossas misérias e incapacidades, sim, orando em nome daquele que me salvou, que me coloca acima de mim mesma, que me aproxima de Deus.
A oração alimenta a vida!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Relação de fantasmas!

Esses sites de relacionamento não tem relacionamento nenhum! Que saco essas coisas superficiais... Claro, dá pra manter umas conversas engraçadas, mas mesmo assim, não é nem de longe um contato satisfatório, pelo menos pra mim. Eu gosto de ver o sorriso :)), ouvir os risos =D, secar as lágrimas e chorar junto =(.., gosto do abraço, do cheiro, do toque, dos beijos estalados nas bochechas, nas testas! Gosto de gente de verdade!
Talvez o e-mail seja o menor dos piores, pois como ainda é um "correio eletrônico", só são enviadas mensagens pessoais, se realmente quisermos dizer algo à outra pessoa, só escrevo uma carta a quem quero dizer algo.
Tudo bem, cada um vê e sente os prós e contras de acordo com sua vivência e pontos de vistas e "sentidas", mas eu tô fora! Volto ao telefone, pelo menos dá pra ouvir as lindas vozes do outro lado e se emocionar, dá pra orar, pra rir e conversar.
Essas conversas superficiais momentâneas tem me deixado com medo, medo de falar, de comentar, de não compartilhar... e não compartilho mesmo! Que tanta gente é essa que eu conheço? Eu não conheço!
Tentei manter-me conectada por conveniência e porque é bom acompanhar certas notícias, certas famílias... mas não consigo só acompanhar, quero participar e não dá pra participar... aí dá pra pirar!
E esse blog?! Li que isso é um "diário online"... haja... pra que que eu escrevo aqui? Se esse fosse meu diário...rsrs. O bom é que aqui, perde ou investe tempo que quer!
Tudo meio louco, detesto escrever assim de qualquer jeito, mas estou meio com raiva... meio... sei lá, acho que meio "tanto faz". Aí, lê quem quiser, comenta quem quiser, se eu quiser eu publico, se eu não quiser não publico, se ninguém ler tá bom, o importante é que eu vou ler depois e provavelmente vou rir e até me arrepender de ter deixado esse texto pobre no meu blog, mas falando a verdade, acho que ele não será o único.

Ai, ai, porque eu tenho que levar tudo tão a sério?? até o que não é sério?? Argh!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O que eu não posso abraçar

Refletindo sobre o que gosto, o que gostaria e o que tenho que fazer, pensar, planejar, administrar e tantas outras ações, atitudes e sei lá mais o quê, fico triste, angustiada, choro, e fico triste denovo... Mas fico muito, muito feliz por perceber a eternidade que há em mim! É impossível pra mim, viver do jeito que quero ou espero, "abraçando" tudo e todos e compartilhando tudo com, pelo menos, a maioria.
Acabo de ler um post do meu irmãozinho Filipe sobre mais uma Madrugada do Carinho e lembrei de uma reflexão que me consome um bocado quando volta à minha mente: porque não sou durante o dia o que sou na madrugada?
Durante as Madrugadas do Carinho, nenhum mendigo, drogado, abandonado, meliante, prostituta ou qualquer outro tipo de pessoa passa despercebido diante de mim e do grupo que acompanho, estamos ali para servi-los, para amá-los e respeitá-los, cremos (ou pelo menos professamos isso) que essas pessoas podem, caso queiram, ser libertas por Jesus, Salvador de todos os que O confessam com a boca e crêem em seus corações (Romanos 10.9,10).
Madrugadas no Centro da cidade do Rio, Central do Brasil, horário aproximado: 1h às 4hs. Amo este trabalho, amo tanto que não concordo que seja feito apenas nas madrugadas, pelo menos por mim.
De dia, minha vida "normal", trabalho no Centro e passo por mendigos, drogados, abandonados, prostitutas e etc, diariamente passo por eles e elas e eles e elas passam por mim. Não abordo essas pessoas, não paro para falar com elas, para cumprimentá-las, para servi-las, para oferecer-lhes uma palavra de carinho, uma proposta diferente de vida, a vivida em Jesus. Me sinto estranha com isso, ainda me falta equilíbrio para administrar esse sentimento, desejo ser o que sou na madrugada em tempo integral.
Tudo bem, é óbvio que, tenho alguns minutos de almoço, interagindo com a população de rua como nas madrugadas, o estado em que voltaria para o trabalho pediria banho e descanso, oração e reflexão... Impossível! Sou paga para produzir no que me compete e tenho que honrar o meu Deus exercendo bem a minha função no trabalho que, creio, Ele me deu.
Me sinto estranha, pois isso parece uma reclamação. Não gostaria de reclamar.
Transfiro meus desejos para minhas orações, meu Deus eterno e maravilhoso pode fazer o que não posso, o que não sei, o que nem imagino, mas sinto, sinto algo que transcende a mim, algo que me torna tão pequena que me faz adorar, me faz ajoelhar, render-me a esse Senhor tão poderoso e eterno, que não sei como ainda me considera importante e sendo agente do seu poder maravilhoso!

Ah, Senhor, abraça este povo, que tanto quero abraçar e não consigo, sou limitada demais, meus "braços" são curtos demais e acho que, justamente, para que possam ser completos nos teus que, creio, completarão os "abraços" movidos pela oração, para a glória Tua, somente tua! E felicidade daqueles que te amam e daqueles que passarão a te amar.



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Meus "GGs", presentes de Deus!

"Meu Gu", como costumo chamar meu filho mais novo, me pergunta constantemente "como é Jesus, mãe? Ele é grande? Ele brinca com a gente? Mãe, Jesus tá comigo? Onde, mãe, eu não vejo! Mãe, eu quero ver Jesus!". Um dia eu disse que ele só veria Jesus depois que bem velhinho morresse e ele disse que queria morrer para ver logo Jesus! Quando seu nariz está entupido, ele quer arrancá-lo: "Nariz feio! Eu vou arrancar esse nariz feio!". Típico "zoador", brincalhão, pirracento e super carinhoso. Desde os 2 aninhos, ao ouvir estilos musicais mais agitados, agita tudo... sacode a cabeça, gosta de ouvir som alto, gosta de bateria e guitarra. Louco por "nescau", que na verdade, é qualquer achocolatado. Inteligentíssimo, quer crescer logo mas parece um bebezão e nos surpreende com sua percepção, consegue ler nas entrelinhas.

"Meu Gui", meu filho mais velho sempre foi temente a Deus, ora com coerência desde mais novinho, nos repreende em nome de Jesus, falando sobre um comportamente que agrada a Deus, nunca questionou a pessoa e a presença de Jesus e não quer morrer tão cedo! Questionador, quer saber o porquê de tudo, mas sobre Deus, ele quer só ler a bíblia e "bola" várias estudos bíblicos para os "Embaixadores do Rei". Obediente, detesta correr riscos, sério para a idade dele, ama uma boa conversa. Gosta de música, violão e contra-baixo, se irrita quando o som está muito alto (a não ser que este som faça parte da bagunça...). É bem dramático e sabe comover quando quer. Ama futebol e tem se aperfeiçoado a cada semana. Inteligentíssimo, está entre os melhores da turma e já leu com o pai, o livro de Daniel.

Duas pessoas tão diferentes, saídos da mesma barriga! Meus príncipes, minha felicidade. Presentes de Deus e Deus se faz presente quando acompanho o desenvolvimento dos meus meninos e louvo ao meu Senhor incessantemente por tê-los por perto.

Gustavo = bastão de combate
Guilherme = o que protege / o protetor

Nomes dados por Deus, personalidades também e cada um na sua particularidade O servirá com tudo que eles têm!

Nada que eu diga ou faça em gratidão, será suficiente, mas agradeço ao Senhor pelo meu nego (o pai) e pelos meus GGs, os filhos que nos deste!
Gostaria tanto, Pai, que todos os pais e mães valorizassem seus "presentes" sendo gratos a Ti e te fizessem presente em suas vidas e famílias...

**





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

E se...

A figueira não floresce
Não há fruto na videira
O produto da oliveira mente

Rios, campos não produzem
O curral está vazio
O aprisco está deserto

Tudo isso se passando e o profeta mesmo assim vai se alegrando em Deus

Mas e se fosse comigo
Pra quê mesmo que eu vivo
Onde está minha alegria?

E se a dor for minha sina
Será que ainda faço rima
Canto alegre a melodia?

E se eu perdesse tudo será que contudo me alegraria em Deus?

Eu quero ser, não quero ter
Eu quero crer, não quero ver

Que minha alegria seja tão somente me lembrar de Ti, meu Deus!
Viver e só de Ti viver
Morrer ansioso por te ver
É minha oração
É assim que eu queria ser
(Stenio Marcius) 
Minha oração, Pai. É assim que eu quero ser!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ser o que se é ou o que é preciso ser?

Nesses tempos tão ativos de humores aflitivos,
Ser o que se é ou o que é preciso ser?

Nesses dias tão carentes de amor e boas sementes,
Ser o que se é ou o que é preciso ser?

Nessa vida tão "in"grata, tão breve e tão agitada,
Ser o que se é ou o que é preciso ser?

Com a mente tão cansada, sonolenta e desanimada,
Ser o que se é ou o que é preciso ser?

E o corpo desgastado, dolorido e pesado,
Ser o que se é ou o que é preciso ser?

Preciso é ser do jeito que é preciso para obter o que é preciso...

Ser o que é preciso ser para ser feliz!








segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu a e política: estamos nos conhecendo...

O Analfabeto Político

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
(Berthold Brecht)
- retirado de: http://www.planetaeducacao.com.br -

Pois  é, durante muitos anos posso dizer que fui uma analfabeta política, apesar de ter uma noção de que uma má administração política geraria "coisas" e "pessoas" ruins, sempre ignorei política alimentando desprezo pela grande maioria dos candidatos. Desde os 17 anos, quando comecei a votar, perguntava a minha mãe - super mulher, politizada, militante de esquerda - em quem ela iria votar e votava nos mesmos candidatos dela, acho que essa postura, na verdade, era cômoda, ela que conhecia os candidatos, ela acompanharia seus mandatos e os cobraria... e eu, nada faria! Ela mandava eu "me ligar", mas eu não ouvia...

Nas últimas eleições, a revolta aumentou (na verdade entortou, porque não teve o efeito correto!) e eu danava a anular voto, ao invés de procurar um(a) candidato(a) decente, coloquei todo mundo no mesmo saco e desperdicei a chance de dar meu voto a quem, talvez, mesmo que não vencesse, teria esperança em continuar na jornada lutando pelas causas do povo.

Hoje, ando lendo, pesquisando, conversando... ainda pouco, mas pelo menos estou me mexendo! E já tenho candidatos e candidatas à presidência e deputado estadual. Faltam somente 13 dias para as eleições, ainda faltam 2 candidatos(as)...
Até que esse novo procedimento me deu uma pontinha de esperança, agora, caso vençam, espero acompanhá-los em seus "trabalhos", já que estão ali servindo ao povo, inclusive a mim!

Como cristã, sinto-me na obrigação de dar atenção a este mundo em que agora habito, amá-lo e cuidá-lo, esperando sempre uma melhora, mesmo que pequena, mesmo que lenta, não sei quando será o fim desse tormento, mas enquanto estiver aqui, devo somar para mim, para os meus, para o próximo.

Que o Senhor dê sabedoria aos seus e que oremos rogando por momentos de paz a este mundo, paz que não vem de manifestações hipócritas, mas de Deus! Bastaria cada crente em Jesus fazer sua parte bem feita e pronto, grande parte dos problemas estariam sanados... Pelo menos uma parte bem feita: o voto, já é um bom começo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Difícil é encontrar uma amizade de "gente" assim...

Difícil é encontrar

Alguém que possa me abraçar, chorar comigo, me dar bons conselhos sem me julgar, sem falar de mim a outros, sem analisar meu comportamento sob o seu.
Encontrar alguém que ouça minhas loucuras, que ore e ore por mim, que chore também, por mim. Alguém que eu possa falar quem sou de verdade, alguém que me ouça com atenção, que me ensine, que seja paciente com minha lentidão no aprendizado, mas acredite que sou capaz de aprender.
Encontrar alguém que caminhe comigo quantas milhas forem necessárias, que entenda quando eu estiver zangada, que zangue comigo também, mas que, nem por isso, me despreze.
Encontrar alguém que me diga a verdade sem querer me agradar, mas que mesmo assim eu perceba em suas palavras e olhos o amor. Alguém que ame amar!
Alguém que não seja virtual, mas real, leal e sincera!
Alguém que sonhe com o grande dia, que sonhe com nosso Pai, em encontrá-lO, que sonhe mas que viva a realidade. Que ame os do Senhor, sua criação e a sua Palavra.
Alguém com quem possa dividir a maioria das coisas, alguém que não haja só por conveniência ou tendência carnal, mas por orientação do Senhor.

Quero muito não esperar essa pessoa, quero muito não precisar dela. Jesus disse que eu não devo esperar retorno, devo amar... Não sei se espero retorno, pois sei que não sou uma pessoa assim, mas quero ser essa pessoa para alguém, alguém que quero encontrar e que queira encontrar-me também.

**

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Para quê você vai/é à igreja?


Para quê paramos na frente de um prato para nos alimentar?

Para quê serve a comida que comemos diariamente?
É possível toda a comida que comemos ficar depositada dentro de nós?

Para quê vamos à igreja?
Para quê ouvimos mensagens bíblicas?
Para quê lemos a Bíblia?
É possível, tudo que aprendemos na igreja e na vida cristã, ficar dentro e para nós? Creio que se isso é possível, é porque nada entrou, quanto menos vai sair!

Senhor, ensina-nos a finalidade do Teu alimento, Em nome de Jesus!


***

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Amarga Mara Amora


Às vezes, Mara se sente como se não conhecesse "a verdadeira paz que excede todo o entendimento..." Ela não quer nada na vida além dessa paz, não almeja nada mais que isso. Mas agora, dizendo ter essa paz, Mara se sente atormentada pelo "fantasma" da perfeição! Cuidados, medos, mau-humor, lágrimas - muitas lágrimas, mania de perseguição, etc... Fica pensando a que realmente é a sua vida!

Em meio a este momento de aflição, tormento e tantos outros sentimentos mais angustiantes, Mara ora e fala tudo isso com Deus. Ela briga, coitada, como se pudesse, num passe de mágica mudar tudo com suas ordens, depois ameniza para sua vontade, depois apenas sonhos e logo após, encara a realidade. Só ela e Deus sabem quanto tempo esse processo demora...

Dorme a Mara Amarga à sombra do Onipotente... Acorda a Mara Amora!

Pode terminar esta estória?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Maldita ou bendita cegueira?

*
Dizem que o amor é cego e diante de tantas definições no dicionário, fico com "o que não sabe discernir do bem e do mal" e "deslumbrado". Claro que estas definições se resumem na humanidade, pois em relação a Deus, poderia dizer simplesmente "que não vê", pois realmente, Ele, mesmo vendo nossa imundice, não vê.

O não saber discernir do bem e do mal, a princípio, nos deixa livres para agir e reagir conforme nossas sensações e emoções, sem medo, sem medidas, sem limites... Muito poético, mas, talvez, prejudicial.

Pensando que o verdadeiro amor lança fora todo o medo, lembro de Adão e Eva, que viviam nus e nem se davam conta disso e se comunicavam com Deus. Eram cegos! - Disse a serpente - e quando comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal seriam abertos os seus olhos. Comeram eles e eu também...

Estou aqui, com os olhos abertos, tentando discernir o bem e o mal, meio que cega, meio que enxergando, meio incrédula, meio cheia de fé... Na verdade, queria estar cheia de amor! Ser cega pro mal, viver o bem e para o bem, me comunicar com Deus, sem impedimentos, sem ruídos. Queria, pelo menos, ter mais olhos pra Ele e mais vida também.


"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor." (1 João 4:18)

*

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A dor de não querer sentir dor

*

Mais um post meio deprê... Acho que isso é devido ao cansaço, um cansaço cansado e chato. Um troço que incomoda, mas muito mesmo, talvez o tal do stress. Dói a cabeça, dói o corpo, dói a alma. É um saco sentir dor! Ainda bem que não tem como não senti-la, tem como aliviá-la, tem como ela ficar longe durante algum tempo, mas não senti-la, não há essa possiblidade! E num momento em que esta maldita está presente, aqui estou eu também! Eu com ela e ela comigo...
É estranho porque parece que ela sai de mim, mas eu não quero ela aqui e mesmo assim, ela sai de dentro de mim. Coisas externas provocam a "entrada" dela. Eu, sinceramente, não queria que ela entrasse e muito menos que saísse! Mas também se não sai... Deve ficar pior ainda, se remoendo e aumentando... melhor sair mesmo!

Escrevi o trecho acima em 26/7 à tarde e salvei no rascunho pra continuar depois. Na bendita noite desta mesma data lá vem o Senhor com Provérbios 3 denovo... Ele já tinha falado no domingo, mas falou denovo ontem! Sinceramente, eu não queria ouvir isso! Só queria ouvir: "você tem razão". Mas que raiva!! Eu nunca tenho razão! E ainda há conselhos pra eu não querer ser má, logo eu que estou cansada de tentar ser boazinha... rsrs (boas risadas... de boazinha estou longe... muito, mas muito longe, sem exclusividade minha, os humanos em geral!). Confesso que, às vezes, não gostaria de agir corretamente!! Mas não consigo... e mesmo assim, tentando acertar, ainda erro.

Confesso que, nesse momento da minha vida, gostaria de ter mais idade, mais experiência, mais paciência do que juventude, que não tem me servido muito a não ser pela saúde! E que eu permaneça saudável! (pelo menos isso eu quero muiiiitooo mesmo).

E tudo em nome do "outro", do "serviço", do "amor"... queria não me afetar com isso, mas pra mim, essa possibilidade ainda está loooonge.

Só a graça...

"Filho meu, não rejeites a correção do SENHOR, nem te enojes da sua repreensão.
Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.
Não deixes de fazer bem a quem o merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo.
Não digas ao teu próximo: Vai, e volta amanhã que to darei, se já o tens contigo.
Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos.
Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade." (Provérbios 3:11-12; 27-28; 31-32)

*